quinta-feira, 5 de abril de 2012


A verdade que virou lenda

Em uma cidadezinha chamada Poleotória, havia uma família que todos conheciam como a família histórica, pois existia desde a fundação da cidade.
Como toda cidade pequena, no meio da praça havia uma igreja e ao lado um salão onde aconteciam as festas. A família histórica era formada por cinco pessoas: Erica, que sabia tudo de todos, Salomão que mais parecia um burro, Sebastião era inteligente e queria ser agrônomo e estudava pra isso, a mãe Tereza fazia todos os dias doces para ajudar no orçamento, o pai Anibal era o mais certo da cabeça, sério, trabalhador, cumpria todos os seus deveres, carinhoso, sempre tinha uma palavra amiga para a mulher e os filhos.
Um certo dia, Salomão saiu para buscar um cavalo para o pai, tinha chovido muito naquela noite e como de costume, ele pegou seu cavalo e saiu a galopes pela estrada, a mãe ficava aflita pois o filho nunca voltava para o jantar, Salomão não voltou para o café da manhã nem para o jantar do dia seguinte. Foi quando Sebastião falou:
- Pai, por que não contrata um detetive? Fiquei sabendo que se mudou um dos bons para cá.
O pai queria ir logo e não perdeu tempo.
- Filho, me dá logo o endereço que já vou lá.
A mãe cheia de esperança quis acompanhar.
- Anibal vou com você, pois não aguento ficar aqui e não fazer nada.
Chegando até o detetive ele perguntou:
- Desculpe por chegar assim, mas preciso de sua ajuda!
- Calma senhor, tome um copo de água e me diga como posso ajuda-lo – disse o detetive.
- Prefiro ir logo ao assunto, meu filho, Salomão, sumiu, ele foi buscar um cavalo na casa de seu Jorge, que fica logo atrás das terras do seu Wagner e não voltou mais, não sei mais o que faço, já andei por toda a vizinhança e ninguém o viu.
- compreendo seu Anibal, mas me diga uma coisa, seu filho tinha algum inimigo, já foi ameaçado ou algo assim? – perguntou o detetive.
- Não, meu filho era durão, meio chucro, mas não era mau – disse Anibal.
- O.K., vou fazer mais uma busca, andar novamente pela vizinha e coletar mais informações. Depois converso com o senhor. – disse o detetive.
 Passado alguns dias, Erica chegou toda eufórica gritando:
- Mãe! Preciso te contar uma coisa!
- Erica, não tenho tempo para suas bobagens! – disse a mãe.
De repente o pai entra desesperado também gritando.
- Tenho notícias de Salomão! Ele foi visto do outro lado da cidade! Vou correndo averiguar a noticia, depois conto a vocês! – disse o pai.
Passado horas depois Anibal voltou com uma noticia não muito boa, Tereza foi correndo até a porta para saber.
- Então o que descobriu Anibal? – Perguntou Tereza.
- Foi uma pista falsa, disseram que viram ele a galopes a frente da igreja, mas disseram que ele estava vestido de branco, não sei por que inventaram isso – contou Anibal.
Não demorou e o detetive chegou com uma noticia.
- Tenho noticias nada boas, quando Salomão saiu daqui ele passou a galopes pelas ruas, passou pela igreja e teve uma conversa com seu Tião, depois seguiu até o posto onde estava o cavalo, voltando pra casa, num tropeço do cavalo, caíram dentro do açude, já estavam mortos pela queda brusca quando ele quebrou o pescoço, sinto muito seu Anibal e dona Tereza – disse o detetive.
Erica chegou correndo e disse:
- Eu estava a vários dias querendo contar que ouvi pessoas falando nisso, mas ninguém queria me ouvir!
E assim até hoje dizem que, em dias de chuva, Salomão passa a galopes na frente da igreja.

Maicon Roger, 2º A

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